sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

O Amor Não Sou Eu




Recordar

Quem gosta de recordar?
Ninguém certamente
E quem diz que gosta, mente
Pois não deve ter nada para lembrar.

Não há recordações felizes
Todas são cruéis e fazem doer
E essa vontade de sermos petizes
Só nos faz amargar e sofrer

Pois todos sabemos o quão é quimera
Voltarmos aos tempos de garra e querer
Quando, agora, já nada é o que era.

Saber que não podemos mais ser
Aquilo que já fomos antes
E ter a nostalgia de perceber
Que já não podemos ser petulantes.

É essa época que se afirma
No início da nossa existência
Que se assoma no ser que se confirma
Nas suas regras de convivência.

Todo o presente é futuro
Todo o futuro já foi presente e será passado
E quando encontrar o que procuro
Já terá a morte escolhido o meu bocado.


                                                                     Martim da Ega

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