sexta-feira, 21 de maio de 2010

Vou ser Pai

Ser pai eleva a alma da gente
A sublime morada do Divino Criador
Desde o instante que germina a semente
Plantada no jardim de um grande amor.

Acto que renova a vontade de viver
Sublimado na luz da esperança
Por ter mais um tesouro a proteger
A mulher querida e o amor de uma criança.

Ao ver o ventre da mãe se avolumando
Erguendo um templo sagrado em seu interior
A luz da Virgem Maria vai brilhando
Dando um banho de ternura e amor.

Quando as dores do parto vão surgindo
E o coração do pai começa a disparar
Ela sentindo sua aflição abre um sorriso
Porque sabe que ele não pode ocupar o seu lugar.

Ouvindo o choro do ser amado
E os olhos meigos da mulher que o concebeu
Ergue os braços e aconchega o filho amado
Dizendo não existir bebê mais lindo que o seu.

Assim começa a trajetória de um pai
Que para sempre será grato ao Senhor
Bravo guerreiro que não vacila jamais
Em dar a vida pelo fruto de seu amor.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Rolo Compressor Campeão!

sábado, 8 de maio de 2010

Crónicas de Ricardo Araújo Pereira

Insultos de consolação

A fazer fé nos jornais desportivos, no fim do jogo de domingo passado o presidente do Porto, provavelmente por naquele momento não dispor de isqueiros, viu-se forçado a lançar sobre os elementos da direcção do Benfica presentes no camarote presidencial uma saraivada de insultos. Como sempre acontece quando alguém ligado ao Porto se comporta como um energúmeno, o culpado deste incidente foi, uma vez mais, o Benfica. Os dirigentes benfiquistas sabem perfeitamente que, se querem ser bem recebidos por Pinto da Costa, devem apresentar-se no Dragão com um apito na boca. Augusto Duarte — agraciado, segundo os relatos mais modestos, com um delicioso cafezinho — nunca se queixou das qualidades de Pinto da Costa como anfitrião. O problema só pode ser dos convidados.
Sem querer branquear actos repugnantes — até porque esse pelouro é dos subcomandantes da PSP do Porto — devo dizer que a ira de Pinto da Costa é compreensível. A posição que o Benfica ocupa no campeonato tem dedo do presidente do Porto. É evidente para todos que Jorge Jesus seguiu as indicações que Pinto da Costa deu a Augusto Duarte naquela notável escuta e, desde a primeira jornada, não tem feito outra coisa senão seguir «sempre em frente! Sempre em frente! Sempre em frente!» É muito desagradável quando os outros se aproveitam das nossas ideias.

SEGUNDO a opinião insuspeita e prestigiada de Cruz dos Santos, os amarelos a Di María e Maxi Pereira foram injustos, Fucile devia ter sido expulso ainda na primeira parte, e é discutível que não tenha havido penalties por mão de Hulk e derrube de Álvaro a Maxi. Além disso, de acordo com o mesmo especialista, o Benfica teria sido campeão já no domingo passado se tivesse sido assinalado o fora-de-jogo existente no golo do Braga. É refrescante poder ler as observações de um perito, sobretudo depois de passarmos uma semana a ouvir opiniões de completos leigos em arbitragem, como um Miguel Sousa Tavares, um Rui Moreira, ou um Olegário Benquerença.

APÓS o Benfica-Porto, segundo foi dado como provado, os jogadores do Porto não foram insultados nem agredidos. Houve, no entender da Comissão Disciplinar da Liga, uma provocação: o já célebre e por demais infame enxovalho «vão lá para dentro e voltem lá para cima». Os jogadores do Porto reagiram com o natural e amplamente justificado espancamento dos stewards. Já no Porto-Benfica, Jorge Jesus levou com um isqueiro e não reagiu. Luisão levou com outro isqueiro e não o devolveu. Os dirigentes do Benfica foram insultados e não reagiram. Foi, claro, uma vergonha para todos os benfiquistas. Isto é gente que não sabe estar no futebol.
LINDA e comovente, a homenagem que o tribunal obrigou o Sporting a prestar a Iordanov. Eu bem vi as lágrimas a marejarem os olhos do búlgaro quando José Eduardo Bettencourt, obedecendo à ordem judicial, lhe ofereceu uma lembrança. São sempre emocionantes, estas manifestações de gratidão que os clubes têm para com os seus heróis com o objectivo de evitar punições legais. Um juiz decretou que houvesse decência em Alvalade, e eles não tiveram outro remédio senão acatar a decisão. A lei é dura, mas é a lei.
                                   Por Ricardo Araújo Pereira, edição 8 de Maio de 2010 in "A Bola"


sábado, 1 de maio de 2010

Apresentação da semana académica na cidade da Guarda

Parabéns aos autores deste video.
Aqui deixo o cartaz que este ano se realiza na semana académica da Guarda

Crónicas de Ricardo Araújo Pereira


Uma errata da choradeira
ONDE se lia «o pobre injustiçado Hulk» deve agora ler-se «o pobre injustiçado Falcao». Onde se lia «o maléfico Ricardo Costa» deve agora ler-se «o maléfico Pedro Henriques». Onde se lia «o inocente Hulk espancou mesmo o steward mas não merecia o castigo» deve agora ler-se «o inocente Falcao acertou mesmo com a mão na cara do adversário mas não merecia o castigo». No mais, a choradeira mantém-se igual. Compreende-se. O Benfica vai à frente no campeonato, o que é muito estranho: o presidente do clube não convidou qualquer árbitro para sua casa na véspera de um jogo, não foi escutado a oferecer fruta e rebuçadinhos ao telefone, não pagou facturas de viagens ao Brasil, não prometeu quinhentinhos a ninguém. Além disso, parece consensual que o Benfica joga o melhor futebol. Quem não suspeitaria deste primeiro lugar? Há cerca de três semanas, Maxi Pereira viu o quinto cartão amarelo por ter jogado a bola com a mão depois de, na verdade, não ter jogado a bola com a mão. Falhou o jogo com o Sporting. Não se verteu uma lágrima. Na última jornada, Falcao viu o quinto cartão amarelo por ter acertado com a mão na cara de um adversário depois de ter, de facto, acertado com a mão na cara de um adversário. Vai falhar o jogo com o Benfica. As carpideiras decretaram três dias de luto e ainda não pararam de chorar. Não admira: esta época, Falcao já jogou duas vezes com o Benfica e, ao longo desses 180 minutos, marcou um impressionante total de 0 (zero) golos. Mas era agora. Era agora! E, no entanto, segundo a opinião insuspeita e prestigiada de Cruz dos Santos, a decisão do árbitro deve ser respeitada porque ninguém pode saber se o chapadão foi propositado ou acidental. Mais: segundo o especialista, trata-se de uma decisão bem mais defensável do que a opção de não assinalar os dois penalties contra o Porto. Mas o clamor da berraria raramente deixa ouvir a voz do bom senso.

A grande sorte do Benfica na jornada passada não foi o castigo do Falcao, foi a circunstância de o Braga ter ganho. Se o Benfica fosse jogar ao Porto na qualidade de campeão, os jogadores podiam ter a tentação de entrar em campo com o cabelo pintado de vermelho, o que dificultaria a percepção do sangue a jorrar das cabeças. Se os jogadores do Porto entrassem em campo com a mesma disposição com que entraram na final da Taça da Liga, as mais que prováveis lesões passariam despercebidas. Há males que vêm por bem.


NÃO me custa reconhecer que talvez me tenha precipitado quando, na semana passada, evidenciei aqui, com o auxílio de divertidas citações, a euforia injustificada de pré-época manifestada pelos fiscais da euforia injustificada de pré-época. Afirmei que o Porto estava definitivamente afastado do título, mas posso ter-me enganado. De facto, neste momento o Porto segue no terceiro lugar, mas tenho a certeza de que, se recorrer para o Conselho de Justiça (CJ) da Federação, pode ainda vencer o campeonato. É uma pena que o CJ não tenha poderes nas competições da UEFA, caso contrário acredito que teria reduzido o castigo que o Arsenal aplicou ao Porto. Em vez de 5-0, reduzia para 2-0, por exemplo. A fundamentação seria a do costume: naquele jogo, os jogadores do Porto não tinham sido agentes desportivos mas espectadores. De facto, estiveram uma boa hora e meia a ver o Arsenal jogar
 
P.S.: O vigilante Rui Moreira (e uso aqui a palavra «vigilante» na dupla acepção de «pessoa atenta» e de «cidadão que participa em vigílias») resolveu assinalar o erro que cometi quando disse que o Benfica nunca tinha perdido uma final com o Porto, mesmo sabendo que, logo no dia seguinte, A BOLA publicou, a meu pedido, a frase que tinha saído truncada por lapso: «O Benfica, que tirando uma solitária vez em 1958 nunca perdeu uma final com o Porto…» Mas enfim, com o Porto no terceiro lugar, é normal que até os lapsos já corrigidos mereçam destaque.
 
Quanto às Supertaças, como é evidente, foram propositadamente deixadas de fora desta contabilidade. Talvez eu devesse ter sido mais claro mas, quando me referi a finais, curiosamente estava mesmo a falar de finais, que são aqueles jogos que ocorrem no fim de uma competição a eliminar, tipicamente após umas meias-finais. Não é o caso do jogo da Supertaça. Fica a nota para o futuro: as rectificações têm bastante mais credibilidade quando rectificam.

Num mundo como o de hoje é muito importante poder dizer: a escrever nos entendemos

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