terça-feira, 27 de outubro de 2009

Duvidas?

 Será que o Nacional agora também já passou a ser 'fraquinho' (já nem tem piada dizer isto, tantas foram as vezes que o repetimos esta época)? O Manuel 'Chicharro' Machado bem tentou travar-nos, bem auxiliado por uns árbitros assistentes manhosos, mas saiu da Luz, como outros antes dele, vergado ao peso de uma goleada. E acho que poucos treinadores há em Portugal que eu goste mais de ver goleados. Levou o Chicharro meia dúzia para contar, e levaram os jogadores do Nacional, que durante a semana andaram cheios de bazófia.
A única surpresa no onze (e acabou mesmo por ser uma surpresa grande) foi a colocação do Fábio Coentrão de início, na posição de lateral esquerdo. Terá sido uma opção forçada, face à lesão do César Peixoto no aquecimento, mas acabou por resultar em cheio. E a opção (de algum risco) pelo Coentrão para o lugar tem mérito, porque se calhar a solução mais fácil e óbvia teria sido colocar o David Luiz na esquerda. Do outro lado, e para não variar, o treinador do Nacional aproveitou para apresentar a táctica de três centrais que na Liga, todos os anos, utiliza apenas contra o Benfica, e que apresenta um meio campo sobrepovoado, no qual o Ruben Micael era quem apoiava mais de perto o único avançado. O jogo acabou por decorrer de forma muito semelhante ao jogo que fizemos com o Everton. Fiquei com a sensação que o Benfica não se entendeu muito bem de início com as marcações adversárias, e com os muitos adversários que o Nacional colocava no centro do campo, o que resultou em muitos passes falhados na fase inicial do jogo. O Aimar era vigiado de perto, e esteve discreto nesta fase. O resultado foi um jogo algo lento e previsível nos primeiros minutos. Mas, à semelhança do jogo com o Everton, marcámos na primeira oportunidade que criámos, pouco depois do quarto de hora de jogo. E que oportunidade, já que foi uma jogada de ataque perfeita, que começou num rasgo individual do Aimar a meio campo, libertando-se de dois adversários para, depois de tabelar com um colega, descobrir a subida do Fábio Coentrão na esquerda, que centrou rasteiro para a finalização fácil do Cardozo (e se o Cardozo não marcasse, ainda estava lá o Saviola para o que desse e viesse).

Sem mudar muito o ritmo de jogo, conseguimos pouco depois criar uma oportunidade flagrante para aumentar a vantagem, só que o Di María, isolado por um passe do Saviola, conseguiu literalmente acertar no guarda-redes adversário. Mas dez minutos após o nosso golo, surgiu o inesperado golo do Nacional. Após uma perda de bola ainda no meio campo adversário, a bola foi colocada nas costas da nossa defesa, que me pareceu hesitar algo (em particular o Luisão) à espera do fora-de-jogo, o que permitiu que o jogador do Nacional fugisse e, descaído sobre a direita, com um remate rasteiro cruzado empatasse o jogo. O Benfica - e os benfiquistas - reagiram da melhor forma ao golo, e também aqui se nota uma enorme diferença para épocas passadas. Não só a equipa não baixou os braços, em vez disso carregando sobre o adversário, como o público,
todos os mais de 47.000 que se deslocaram hoje à Luz, e que se calhar em épocas recentes reagiria com assobios, respondeu com gritos de 'Benfica, Benfica!'. A comunhão entre equipa e adeptos neste momento é quase perfeita, e esta noite voltou-se a assistir a isto. A resposta do Benfica foi marcar poucos minutos depois de ter consentido o empate, pelo Saviola na recarga a um cabeceamento do Luisão, mas o golo foi anulado por fora-de-jogo do Saviola. Depois foi o Ramires que, isolado por mais um grande passe do Coentrão, imitou o Di Maria e conseguiu rematar contra o guarda-redes do Nacional. Mas a cinco minutos do intervalo, marcámos o merecido segundo golo. Canto do Aimar, a atrasar a bola para o Coentrão, e este com um cruzamento largo encontrou o baixinho Saviola no sítio do costume, a fugir à marcação no segundo poste e a finalizar exemplarmente de cabeça. E de cada vez que vejo este pequeno génio argentino marcar um golo ou encher o campo, dá-me um prazer especial lembrar-me de todos quantos vaticinaram, aquando da sua contratação, que era um jogador acabado, sem ambição, e que vinha para Portugal gozar a reforma. Ainda antes do intervalo, poderíamos ter voltado a marcar, mas desperdiçámos um contra-ataque em flagrante superioridade numérica, pois o passe do Cardozo para o Ramires saiu um pouco comprido.
A segunda parte, tal como no jogo com o Everton, foi para arrasar o adversário. Entrámos fortes, e logo aos dois minutos foi assinalado penálti sobre o Aimar, que o Cardozo não perdoou. Já tinha comentado ao intervalo que se marcássemos o terceiro, o Chicharro de certeza que retiraria um dos centrais e seria o descalabro. E conforme previsto, dez minutos após o nosso golo foi isso mesmo que sucedeu. Bastou esperarmos cinco minutos e já o marcador funcionava outra vez, quando o Saviola aproveitou uma atrapalhação do Cardozo, que não conseguiu concretizar mais um centro do Coentrão (antes disso já poderíamos ter marcado, mas o mesmo auxiliar que deixou a bandeira em baixo no lance do golo do Nacional estava agora com olho de lince e levantava a bandeira por dá cá aquela palha). O nosso treinador, entretanto, aproveitou para mandar um recadinho ao Chicharro. Quem quiser escandalizar-se, está à vontade. Quanto a mim, e tendo em conta as sucessivas faltas de respeito que este tipo tem tido ao longo dos anos pelo Benfica (aliadas às constantes submissões ao fóculporto), não me importei nada, e só tenho pena que o Jorge Jesus não tenha feito o mesmo gesto, mas com seis dedos, no final do jogo.
Sim, porque, conforme nos tem vindo a habituar, para o Benfica chegar aos quatro golos não é sinónimo de deixar de carregar, e parecia evidente para quem via o jogo que a probabilidade de aumentarmos a nossa vantagem era grande. O que acabou por acontecer já nos minutos finais. Pelo meio, mais um episódio algo caricato do longo historial do Carlos Martins com as lesões, já que ele entrou em campo aos setenta e três minutos, lesionou-se logo no primeiro lance (aparentemente inofensivo) que disputou, e saiu cinco minutos depois. Quanto aos golos, o quinto surgiu a quatro minutos do final, com o Nuno Gomes a fazer a recarga a um livre do David Luiz (o livre custou a expulsão do Patacas, por acumulação de amarelos e, diga-se, fiquei até com a sensação que houve penálti cometido pela barreira do Nacional, já que o remate do David Luiz pareceu-me ter sido desviado pela mão de um dos jogadores), e o sexto já nos descontos, em novo penálti do Cardozo, desta vez a castigar uma falta sobre o Ramires (e a valer mais uma expulsão de um jogador do Nacional, desta vez com vermelho directo, já que o Ramires estava isolado).

Têm sido tantas as goleadas, e tantos jogadores a jogar bem que este exercício de escolher melhores ou piores no final dos jogos anda a tornar-se algo difícil. Por isso nem vou dizer se ele foi o melhor ou não, mas quero destacar a exibição da 'surpresa' Fábio Coentrão na lateral esquerda. Claro que ele se destacou muito na vertente ofensiva, tendo feito as assistências para os dois primeiros golos, e ainda estado directamente envolvido no quarto. Mas mesmo na defesa não comprometeu, e apesar de ter parecido algo nervoso no início do jogo, depressa acalmou e efectuou vários cortes e recuperações de bola. Será uma opção a ter em conta para jogos na Luz, em que os adversários se apresentem fechados na sua defesa e joguem com poucos jogadores ofensivos. Depois, os suspeitos do costume: Saviola (mais um grande jogo), Di María, Aimar, etc, etc (e o 'etc', se calhar, até dava para englobar a equipa toda).
O 'europeu' Nacional, conquistador do Zenit St.Petersburgo, que tantos elogios tem recebido esta época, foi despromovido à categoria de 'muito fraquinho' no espaço de hora e meia. Levou um cabaz de meia dúzia para a Madeira, levou um bailinho (e ouviu o público da Luz cantá-lo também), e deveria ser processado pelos milhares de lagartos e andrades que neles depositavam esperanças para esta noite (foram lestos a enviar-nos mensagens quando o Nacional marcou, mas no final, respondi-lhes à Maradona: 'Chupalo... y sigue chupando'). E é ainda mais importante esta vitória quando atentamos ao facto de termos tido uma arbitragem manhosa, sobretudo na primeira parte, enquanto a coisa estava equilibrada, e sobretudo com muitas decisões 'estranhas' do auxiliar colocado do lado dos bancos das equipas. Tive algum receio com a questão dos cartões, até porque os jogadores do Nacional pareciam muito interessados em envolverem-se em quezílias com os nossos jogadores - o que valeu, por exemplo, um amarelo ao Luisão. Parece que os prémios que, dizem os rumores, andam a ser oferecidos aos nossos adversários desde a primeira jornada para nos tirarem pontos andam a deixá-los muito nervosos. Quanto a mim, e na questão dos nervos, agradeço é ao Benfica por me andar a poupá-los. É que agora só fico um bocadinho nervoso quando o Benfica não está a ganhar após um quarto de hora de jogo. 

domingo, 25 de outubro de 2009

Ansioso...


...por ler "Caim", o novo livro do José Saramago.
E perceber o que anda a indignar meio mundo.
Especialmente o eurodeputado
Mário David, que pede ao Nobel que renuncie à cidadania portuguesa sem sequer ter lido o livro.
Só porque sim.
É extraordinário como se dizem coisas destas e passam como se nada fosse.
Parecem-me bem mais graves estas declarações do que um livro que só comprará quem muito bem entender.
Chama-se liberdade de expressão.
Assim como a tem todos os seguidores católicos que escrevem a defender o catolicismo em todas as suas formas, algumas delas claramente duvidosas.
Igual liberdade de expressão.
Mas isto sou eu, que ainda não li o livro.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Só para dizer que o Inverno já chegou.
Aqui da cidade mais alta de portugal, frio,chuva,enfim é a Guarda.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009


Há dias assim

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Rescaldo dos resultados eleitorais de ontem

Para mim o que á a salientar da noite eleitoral de ontem é: Fátima Felgueiras e  Avelino Ferreira Torres ,de resto   os analistas políticos que comentem.

sábado, 10 de outubro de 2009

Green day boulevard of broken dreams live

Mas anda tudo doido?

Está tudo louco.
(E admiro o homem! Agora...nobel da paz?)

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Isto sim é o benfica




Depois do desaire na Liga Europa, o Benfica deu esta noite a melhor resposta, e graças a uma primeira parte quase perfeita conquistámos a vitória num campo tradicionalmente difícil. E para quem ainda duvida do potencial deste Benfica, a vitória foi conseguida 'apenas' sem o Aimar, o Di María e o Maxi, três titulares indiscutíveis, mostrando que temos diversas soluções no plantel para suprir as ausências de qualquer jogador importanteForam cinco as alterações em relação ao onze de Atenas. Para além dos três já citados, que foram substituídos pelo Carlos Martins, Fábio Coentrão e Rúben Amorim, entraram o Quim e o Shaffer para os lugares do Júlio César e do César Peixoto. E, correspondendo ao discurso do nosso treinador sobre a necessidade de sermos agressivos neste jogo, o Benfica entrou a matar. 
Foram menos de três minutos até estarem a perder. Após um canto (cedido numa jogada em que o Fábio Coentrão, em boa situação para marcar, acabou por complicar) marcado pelo Carlos Martins, o David Luiz entrou ao primeiro poste e cabeceou cruzado para o segundo, sem hipóteses de defesa (segundo o repórter de campo da SportTV, com 'muita passividade dos defesas do Paços'... pois).
O Paços reagiu bem ao golo, e tentou levar o jogo para a nossa baliza, mas o Benfica continuou a criar mais e melhores oportunidades de golo, com o Cardozo, após um erro de um defesa adversário, e o Saviola, depois de uma grande jogada individual, a verem o golo ser-lhes negado por boas intervenções do guarda-redes do Paços. Mas pouco depois dos vinte minutos, o golo surgiu mesmo, num grande remate do Carlos Martins, ainda a uma boa distância da baliza. Este segundo golo pareceu acabar com as veleidades do Paços, e o Benfica passou a controlar o jogo à vontade, mesmo sem necessidade de acelerar muito. Adivinhava-se que o Benfica ainda pudesse aumentar a sua vantagem, já que o Paços parecia incapaz de atinar sobretudo com as movimentações do Saviola, que aparecia sempre à vontade no espaço entre a defesa e o meio campo do Paços para receber a bola e virar-se, e estava a dar uma liberdade quase total para que o Carlos Martins pautasse o nosso jogo. O terceiro golo acabou por surgir aos quarenta minutos de jogo. Foi um livre assinalado por falta sobre o Saviola que, na minha opinião, deveria ter dado um vermelho directo ao defesa do Paços, já que este agarrou o Saviola (mais uma movimentação brilhante) quando ele se ia isolar, mas a benevolência do árbitro valeu-lhe apenas o amarelo. Indiferente a isto, o Cardozo marcou o livre de forma monumental, colocado e em força para o ângulo da baliza. Com este golo, o Cardozo introduziu também uma nova variável no jogo, que foi o deixar de se assinalar qualquer falta a favor do Benfica a menos de trinta metros da área, não fosse o Cardozo passar das marcas e fazer outra igual
Com três golos de vantagem ao intervalo, havia dois cenários possíveis na segunda parte: ou o Benfica mantinha o ritmo e saía daqui outra goleada, ou então optava por gerir o resultado. O que se viu foi o segundo cenário, o que não foi descabido tendo em conta que poderia haver alguma fadiga por causa do jogo com o AEK. A troca do Carlos Martins pelo Felipe Menezes também não nos beneficiou. Houve um nítido baixar das linhas da nossa parte, e vimos o Benfica no seu meio campo à espera do adversário, o que é atípico de uma equipa que estamos habituados a ver pressionar o adversário no seu próprio meio campo. Houve mérito do Paços nesta segunda parte, que a perder por três não baixou os braços, acreditou e pressionou o Benfica, o que resultou em muito pontapé para a frente da nossa parte, e muito pouca posse de bola. Insistindo sobretudo sobre a esquerda da nossa defesa, onde agora tinham colocado o Cristiano, eles conseguiram criar-nos dificuldades e algumas oportunidades de golo, sendo recompensados com um merecido golo de honra, quando faltavam pouco mais de vinte minutos para o final.
Foi importante responder à derrota com o AEK desta forma. Sabemos todos a quantidade de abutres esfaimados que andam por aí à espera de deslizes do Benfica. Assim, terão que ficar silenciosos mais um bocado

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

SÉRGIO GODINHO

Palavras para que?
Somente um dos nossos melhores compositores...

Num mundo como o de hoje é muito importante poder dizer: a escrever nos entendemos

Seja bem vindo a este humilde blog , aqui todos podem e devem dar a sua opinião

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